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Secretário-Geral da OTAN: "O mundo é muito complexo para ser dividido em amigos e inimigos"

O Secretário Geral da OTAN é o principal funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte. É sua responsabilidade coordenar as atividades da aliança e do Conselho do Atlântico Norte. Hoje, Jens Stoltenberg, ex-primeiro-ministro da Noruega, está no topo da liderança na OTAN.

Origem

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, nasceu em 1960 em uma família bem conhecida nos círculos políticos. Seu pai, Turvald Stoltenberg, estava naquela época na Noruega, o Ministro dos Negócios Estrangeiros.

A infância do futuro chefe da NATO passou na Iugoslávia, onde seu pai estava na qualidade de embaixador. Naquela época, sua irmã mais velha, Camilla, participou ativamente das atividades da organização comunista "Red Youth". Sob a influência da irmã, o futuro secretário-geral da OTAN participou ativamente das manifestações contra a guerra no Vietnã.

Breve informação biográfica

Carreira Jens Stoltenberg começou no jornal Arbeiderbladet. Este é o porta-voz oficial das forças da esquerda, que tem uma influência significativa na vida pública norueguesa. O futuro secretário-geral da OTAN trabalhou na publicação como jornalista.

  • No período de 1985 a 1989, dirigiu as atividades da organização juvenil do Partido dos Trabalhadores noruegueses.
  • Nos anos 1993-1996. Trabalhou como Ministro do Comércio e Energia do país.
  • Em 1996-1997 anos. Dirigiu-se ao Ministério das Finanças.
  • Em março de 2000, ele começou sua carreira como primeiro-ministro do país, mas rapidamente terminou. Nas eleições parlamentares de setembro de 2001, seu partido recebe menos de 25% dos votos. Por toda a sua história, esse é o pior resultado.
  • Em 2002, Jens Stoltenberg ergue-se à frente da festa e leva-a a vitória nas próximas eleições. Em 2005, o Partido dos Trabalhadores da Noruega, juntamente com os centristas e a esquerda, consegue formar a espinha dorsal da coalizão governante.
  • Durante as eleições de 2009, a maioria no parlamento, que conseguiu alcançar a coalizão, dá a Jens Stoltenberg a oportunidade de criar um novo governo.

O Secretário Geral da OTAN

Em março de 2014, Jens se torna Secretário-Geral, bem como presidente do Conselho da OTAN. O autor da iniciativa de nomeação é a chanceler alemã Angela Merkel. Foi apoiado pelos Estados Unidos e pelo resto da aliança. A inauguração ocorreu em outubro deste ano.

Sobre o antecessor

Seu antecessor, o ex-secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, estava no cargo nos cinco anos anteriores, entre 2009 e 2014. De acordo com especialistas, suas atividades nas áreas declaradas prioritárias (relações com Moscou e a guerra do Afeganistão), para um sucesso particular não resultaram.

Em fevereiro de 2015, após o reconhecimento da Ucrânia da Federação Russa como país agressor, a declaração do ex-secretário geral da OTAN (agora uma antiga) foi um marco que, desde a queda do Muro de Berlim, a agressão da Rússia é o perigo mais grave para a Europa.

Na direção mais importante no trabalho

Segundo os observadores, a direção prioritária no trabalho do novo chefe da OTAN, como em tempos anteriores, está construindo relações com a Rússia, formando uma avaliação de sua política externa, realizada pelo presidente Vladimir Putin. Mesmo antes da sua nomeação, Jens Stoltenberg expôs a política da Rússia a críticas implacáveis, falou da ameaça russa à estabilidade e à segurança dos países europeus.

Como chefe da OTAN, o Sr. Stoltenberg declarou repetidamente a necessidade de construir o poder militar da aliança, incluindo a nuclear, para evitar tentativas da Rússia de violar as leis internacionais. A declaração do Secretário-Geral da OTAN, que ele deu no início de sua atividade, sobre a necessidade de uma contra-opinião conjunta aos Estados membros da aliança da ameaça russa, que diz respeito aos estados orientais, parecia promissora.

Sobre a extensão das sanções

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, apelou aos líderes das potências mundiais com um apelo para estender as sanções contra a Federação Russa, causadas pelo conflito na Ucrânia. As restrições devem ser prorrogadas até que os acordos de Minsk sejam implementados, acredita o político.

Nas tentativas de dividir o bloco

Recentemente, a OTAN acusou a Rússia de tentar dividir a aliança. Ao mesmo tempo, o Secretário-Geral expressa sua sincera confiança na futilidade dessas tentativas devido à unidade dos membros do bloco do Atlântico Norte.

Sobre a "intimidação" dos vizinhos russos

O secretário-geral da OTAN, em uma declaração em uma conferência de imprensa de Bruxelas no início do ano, acusou a Rússia de estar pronta para usar o poder militar para intimidar seus vizinhos e redesenhar as fronteiras da Europa.

"A crise humanitária provocada na Síria, a Rússia usando armas nucleares ameaçam a paz", – disse o chefe da aliança.

Como I. Konashenkov, um representante oficial do Ministério da Defesa, observou em sua comunicação com a mídia, tais ataques à crescente "ameaça russa" são regulares antes da discussão no Congresso dos EUA sobre os volumes de financiamento de necessidades militares.

O Conselho Rússia-OTAN

Declarações semelhantes do líder da aliança do Atlântico Norte levaram Dmitry Medvedev a tirar uma conclusão sobre outro agravamento das relações entre a OTAN e a Rússia e o início de outra rodada da Guerra Fria.

Apesar disso, o Sr. Stoltenberg evita chamar a Rússia de um inimigo. Além disso, o Secretário-Geral anunciou a necessidade de realizar uma reunião do Conselho Rússia-OTAN. De acordo com Jens Stoltenberg, a resolução de grandes conflitos é impossível sem a participação da Rússia. "O mundo é muito complexo para ser dividido em amigos e inimigos", ele acredita.